Para ver melhor este vídeo, desligue antes a estação musical, a esquerda da página, logo abaixo.
O vídeo, apesar de ser de 1999 e ser plagiado ao longo dos anos seguintes, nos traz algumas reflexões. Reflexões que pode nos tornar um pouco melhor. Não é este o sentido de nossas esperanças sempre nesta data?
Desejo a todos que nossas esperanças se tornem realidade e que a motivação para mudar aquilo que acreditamos que precisa ser mudado, nos impulsione a contribuir para esta mudança.
Feliz 2009 a todos!
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Filtro Solar (original1999)
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
PROTÓGENES E OS JORNALISTAS !!!!!
Para ver melhor este vídeo, desligue antes a estação musical, a esquerda da página, logo abaixo.
Em tempo; ano que vem início o curso de jornalismo aqui em Araçatuba. Não o tipo de jornalismo que alguns jornalistas do vídeo acima vem praticando.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Cai mais uma farsa do Jornal Nacional da Rede Globo
O texto abaixo foi transcrito do blog do Mello.
Retrato do Brasil apura Satiagraha e descobre furo de Protógenes e Trallicomédia de erros no Jornal Nacional
Está na Revista Retrato do Brasil (por enquanto só nas bancas e aqui no blog) uma reportagem de Raimundo Pereira, um dos jornalistas mais respeitados do país, editor dos históricos Opinião e Movimento e autor da matéria que tanto incomodou a Rede Globo, em 2006, com a denúncia da armação do delegado Bruno com repórteres (leia aquela reportagem aqui). (Clique aqui para descobrir como comprar a Retrato do Brasil).
Pereira se debruçou sobre milhares de páginas dos autos da Satiagraha e descobriu inconsistências e erros grosseiros do delegado Protógenes e sua equipe e de uma matéria de César Tralli exibida no Jornal Nacional.
Protógenes
Um erro de Protógenes e equipe está na interpretação de
um dos trechos de transcrições de áudios gravados pela PF e que constam dos
autos:
Nela está registrado um diálogo entre Braz e um tal
de “Giba”, no qual se fala sobre certa Andréa, um “ele” não identificado e uma
misteriosa “Conta do Curral”.
Nos autos do processo, os investigadores sugerem
que Giba é Gilberto Carvalho, o chefe do gabinete do presidente Lula. Andréa
seria Andréa Michael, da Folha. O “ele” poderia ser José Dirceu, o ex-chefe da
Casa Civil de Lula. E “Conta Curral” seria um pagamento ilícito no
exterior.
Raimundo Pereira pesquisou e conta o que descobriu:
O repórter investigou. Conheceu “Andréa”, que não é a
repórter da Folha, mas Andréa de Oliveira e Souza, secretária de Braz há sete
anos.
“Giba” é Gilberto Massarente, que trabalha com Braz
desde 1990, quando ele era executivo da Andrade Gutierrez.“Conta do Curral” é,
de fato, uma má transcrição e um delírio de teoria conspiratória: na gravação
ouve-se Ponta do Curral, um empreendimento imobiliário na Bahia, entre Valença e
Guaibim, que está sendo tocado por Dantas, Braz e Massarente com a ajuda do
“ele”, um agrônomo que cuida da aprovação dos planos de manejo do terreno pelos
órgãos ambientais.
A reportagem sobre a Satiagraha no Jornal Nacional
Esse desprezo por fatos claramente relevantes tem um
exemplo especial no Jornal Nacional que foi ao ar no dia 14, um dia depois que
Braz se entregou à PF. O jornal é apresentado por Renato Machado, que anuncia a
reportagem de César Tralli.
Machado diz, na abertura: “Exclusivo: gravações de
conversas telefônicas feitas Polícia Federal revelam como dois investigados na
Operação Satiagraha tentaram corromper um delegado para livrar o banqueiro
Daniel Dantas das acusações de crime financeiro e de lavagem de dinheiro”.
Ele se refere à novidade – a prisão de Braz – e passa o comando da matéria
para César Tralli, o mesmo repórter de tantos outros furos da Globo a partir de
ações da PF. Tralli recebeu, de modo privilegiado, por exemplo, as imagens do
dinheiro apreendido no caso dos chamados “aloprados” do Partido dos
Trabalhadores, feitas irregularmente por um delegado da PF e exibidas pela Globo
na véspera do primeiro turno da eleição presidencial de 2006.
Tralli, que foi o apresentador das imagens também
exclusivas da prisão de Dantas e seus executivos, no dia 8 de julho, fala em
off, e as imagens se sucedem. Mostram, aparentemente, um presídio à frente de
outro, no meio uma avenida movimentada. “É nesta cadeia, em Guarulhos, na Grande São Paulo, que está preso Humberto José da Rocha Braz”, diz o repórter. Na tela aparece foto 3x4 de Braz, depois, um prédio, à noite, com o nome Polícia
Federal. E Tralli diz, em off, que Humberto “se entregou ontem à noite na sede
da Polícia Federal”.
A seguir, surge a imagem já citada, do jantar de
Braz, Chicaroni e Ferreira no El Tranvia. Braz, de costas para a câmera;
Ferreira, meio encoberto, sentado à frente de Braz. E Chicaroni, também de
frente para a câmera, à direita. Tralli narra, em off: “Humberto e o amigo Hugo
Chicaroni, professor universitário, foram flagrados em encontros e telefonemas
oferecendo propina para um delegado federal. Toda a negociação foi monitorada
com autorização da Justiça”.
Começam a aparecer painéis na tela, um em cima, outro
embaixo, com duas fotos, escuras, irreconhecíveis, com as legendas “delegado” e
“Hugo Chicaroni”. Nos painéis, aparecem textos que reproduzem o que dizem as
vozes associadas a cada figura.
Tralli continua, em off. Diz que a gravação é
exclusiva e que “Hugo Chicaroni e Humberto Braz tentam manipular a investigação,
segundo a polícia”. O repórter da Globo diz que o objetivo dos dois é “deixar de
fora o banqueiro Daniel Dantas e parentes dele. É o que indicam as gravações”.
No letreiro correspondente a Chicaroni, surge a frase “A história de só
livrar três tá bom”. A seguir, outra: “Tá ótimo”. As frases parecem pronunciadas
por vozes diferentes, mas a edição da matéria não parece se preocupar com esses
detalhes.
A seguir, mais imagens gravadas no El Tranvia.
Depois, por 32 segundos, são exibidas imagens de fachadas e vistas do prédio da
Justiça Federal e do Fórum, de São Paulo, e do Supremo Tribunal Federal e do
Superior Tribunal de Justiça, de Brasília. Tralli, em off, começa dizendo: “As
interceptações mostram que, segundo Chicaroni, o banqueiro estava preocupado com
a Justiça Federal em São Paulo”. Nos painéis e no áudio, Chicaroni diz: “Ele
resolve. STJ, STF... ele resolve. O cara tem trânsito político ferrado”. E
Tralli conclui: “Hugo Chicaroni se refere ao STJ, Superior Tribunal de Justiça,
e ao STF, Supremo Tribunal Federal, as mais altas cortes do judiciário
brasileiro”.
Novamente, a cena do El Tranvia. Voz de Tralli, em
off: “As conversas também falam em propina. Hugo transmite ao delegado a oferta
de suborno, proposta, segundo ele, por Daniel Dantas e oferecida por Humberto
Braz, o assessor do banqueiro”. A seguir, voltam os painéis, com a transcrição
da fala de Chicaroni, ao fundo: “Ele falou: Eu tenho 500 mil dólares para tratar
desse assunto”. Depois, fala o delegado: “500 mil?” E, de novo, Chicaroni: “É.
500 mil dólares”. E, em seguida, imagens de maços de notas de 50 reais.
Tralli aparece ao vivo, pela primeira vez, após 3
minutos e 15 segundos de reportagem. Diz: “Além do pagamento em parcelas, o
valor do suborno dobrou de 500 para 1 milhão de dólares. É o que apontam as
gravações de um segundo encontro aqui, em São Paulo, entre os dois homens que
diziam representar Daniel Dantas e o delegado federal. Foi nessa mesma segunda
conversa que o delegado Vitor Hugo Rodrigues Alves [Ferreira] apresentou
documentos sobre o banqueiro. Fichas cadastrais e fotos de Dantas foram exibidas
durante um almoço em que o assunto era a propina”.
Retornam as imagens dos três homens no restaurante.
Braz, que estava ao lado de Ferreira, levanta-se e troca de lugar com Chicaroni.
Tralli diz, em off: “As imagens mostram o exato momento em que Humberto Braz, de
frente para a câmera, troca de lugar com Hugo Chicaroni, para analisar melhor os
documentos. O delegado não tem pressa”.
Ouve-se a voz que seria do delegado.
No painel, a transcrição: “Pode ver com calma, que eu não vou deixar esses
documentos. Tem sonegação, tem lavagem, tem evasão de divisa, tem outros crimes
[...]”.
A seqüência se completa com novas imagens dos três
homens no El Tranvia e a voz de Tralli, ainda em off: “Logo em seguida, o
assunto passa a ser propina. Hugo Chicaroni fala em 1 milhão de dólares”. E
retornam os painéis. No de Chicaroni, lê-se: “Já que ele ofereceu 500 mil, pede
1 milhão de dólares, para ele chegar em 700, 800”.
A quantidade de erros factuais cometidos por Tralli é
enorme. A hipótese deste repórter é a de que o colega da Globo recebeu as
imagens e os áudios da PF sem muito tempo para fazer uma pesquisa maior.Braz não
se entregou à PF à noite, mas de manhã.O CDP II de Guarulhos não é a “cadeia”
que ele apresentou. O que Tralli mostrou foi uma das duas penitenciárias que
ficam próximas à rodovia Presidente Dutra, às margens da avenida que sai da
rodovia Ayrton Senna e segue para o aeroporto de Cumbica.Tralli diz, duas vezes,
que a filmagem do ato do suposto suborno é de um almoço, mas, na verdade,
trata-se de um jantar.
Diz que Chicaroni e Braz se encontraram “uma segunda
vez” com Ferreira, mas foi uma vez só.A cena em que Braz, pela segunda vez,
levanta-se, agora para voltar ao seu lugar inicial, é exibida como sendo o
momento em que ele sai para ver os papéis. O instante em que Braz examina os
papéis é outro: é aquele em que ele sai de seu lugar inicial, troca de lugar com
Chicaroni, para sentar-se ao lado do delegado Victor Hugo, quando, então, pode
ver os papéis que estavam sobre as pernas do delegado.
Pior que esses pequenos erros é a estrutura da montagem
do noticiário. As imagens principais são do filme de 4 minutos e quarenta
segundos do jantar de Braz, Chicaroni e Ferreira, vídeo feito pela Polícia
Federal e entregue, de alguma forma, à Globo. É dele que foram tiradas – não se
sabe se diretamente pela PF ou pelos editores da Globo – as seis seqüências que
aparecem no JN de 14 de julho.
Porém, as conversas, que são reproduzidas como se
tivessem sido gravadas nesse encontro dos três homens, não têm relação com as
imagens.
Em uma dessas cenas, inclusive, isso fica evidente,
devido a um absurdo. Chicaroni aparece tramando com Ferreira uma forma de elevar
a proposta de suborno de 500 mil para 1 milhão de dólares. E é evidente que não
fez isso à mesa, diante de Braz, que, segundo a PF, é quem daria o dinheiro.
Possivelmente, apenas uma das gravações é do jantar
dos três: aquela de quando Ferreira diz que vai mostrar os papéis que tem. Para
isso, pede a Braz que troque de lugar com Chicaroni e sente-se ao seu lado,
porque os papéis, como conta Braz, estavam sobre suas pernas.
A locução de Tralli, como já vimos, no entanto,
confunde as coisas. A imagem que Tralli apresenta como o “exato momento” no qual
Braz vai ver os papéis é, na verdade, o instante em que Braz se levanta para
retornar ao seu lugar, após já ter visto os papéis. Em nenhum momento ouve-se a
voz dele. Nos painéis que transcrevem as falas, não aparecem sua imagem nem seu
nome. O que transforma a matéria na denúncia de um suborno proposto por Braz é a
montagem e a palavra do locutor, que sempre afirma: “Ferreira disse que...”,
“Chicaroni disse que...” ou “Braz disse que...” O que não se sabe ainda é quanto
da armação veio pronta da PF e quanto é contribuição própria da
Globo.
Aqui, Raimundo Pereira parece ter se deixado levar pela conversa de Braz. A voz do emissário de Dantas não aparece gravada por um motivo simples, que está explicado na sentença do juiz De Sanctis, que o condenou:
Sua [de Braz] reprovabilidade deve ser acentuada, até
porque o dolo foi de uma intensidade extrema, tanto é que parte da conversa com
a autoridade policial Victor Hugo travava-se por escrito, a fim de não haver a
possibilidade de captação de voz e de permitir a concretização do "negócio"
espúrio a que se dispôs a intermediar de maneira tão importante e participativa”
[cf. fls. 5033 – grifos apostos].
Pereira prossegue enumerando mais inconsistências da reportagem do Jornal Nacional e termina com interrogações:
A Globo fez esse tipo de cobertura por algum interesse? Quem
são os interessados em considerar que os erros na privatização das teles
brasileiras serão aplacados com a demonização de Daniel Dantas e das pessoas que
estejam próximas a ele, como Braz?
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Protógenes Queiroz na TV Assembléia
Para ver melhor este vídeo, desligue antes a estação musical, a esquerda da página, logo abaixo.
A entrevista não é atual, mas vale como registro histórico.
Para seguir a seqüência da entrevista, basta clicar no vídeo, quando este terminar aqui. Assim voce será direcionado à página do Youtube. Lá, iniciará o mesmo vídeo, basta pará-lo e selecionar a sequência da entrevista no "box", à direita da página. E assim sucessivamente até terminar a entrevista.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Entrevista bombástica do delegado Protógenes Queiroz
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Busque a sua revista para não ficar sem.
Corra até a próxima banca e já busque a sua revista Caros Amigos de dezembro porque ela está imperdível.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
"É preciso salvar o planeta do capitalismo"
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
A propaganda ideológica de todos os dias
A tática tem lá sua eficiência, pois diferentemente do caráter formal dos telejornais, em que a forma notícia supostamente retrata questões da realidade, com a pretensa finalidade de informar a população, no caso da ficção a propaganda ideológica é diluída na trama narrativa, pegando os telespectadores no momento em que se encontram desarmados dos filtros críticos que possam ter ao assistirem aos telejornais.
“A Favorita” não representa novidade no procedimento de incorporação temática nas telenovelas de questões polêmicas candentes na “sociedade brasileira”. Para ficarmos com exemplos de nosso interesse, em “O Rei do Gado” (1996), a luta pela reforma agrária foi o mote do inverossímil enredo dramático que teve na trama um romance entre uma sem-terra e um latifundiário. E em “Duas caras”, a crescente organização dos movimentos de trabalhadores sem-teto e de desempregados foi representada como uma luta manobrada por oportunistas e autoritários líderes comunitários.
sábado, 6 de dezembro de 2008
Entrevista de Lula na BBC 1a. parte
Para ver melhor este vídeo, desligue antes a estação musical, a esquerda da página, logo abaixo.
A entrevista não é atual, mas vale como registro histórico. Para seguir a seqüência da entrevista, basta clicar no vídeo, quando este terminar aqui. Assim voce será direcionado à página do Youtube. Lá, iniciará o mesmo vídeo, basta pará-lo e selecionar a sequência da entrevista no "box", à direita da página. E assim sucessivamente até terminar a entrevista.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Depoimento Daniel Dantas
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Pra rir um pouco. Achar graça de situações trágicas, mas que "heróis brasileiros" tentam mudar essas tragédias todo santo dia.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Araçatuba 100 anos
Depois de uma "tenebrosa" ausência, devido ao feriado prolongado de minha cidade (era seu aniversário), voltei revigorado após passar alguns dias na praia. Estive em Itanhaém, na colônia de férias do Sindicato dos Radialistas do Estado de São Paulo.
Apesar de, meio que tardio, me sinto na obrigação de falar um pouco de minha cidade e de como alguns setores prepraram pra ela uma festa que acreditavam que ela merece.
Araçatuba fez no dia 2 de dezembro 100 anos. Cidade com pouco mais de 170.000 habitantes, apesar de muitos insistirem em dizer que tem mais, segue a reboque do desenvolvimento que o país atravessa. Excluindo o fenômeno da crise capitalista, que deve aportar por aqui cedo ou tarde, Araçatuba está tendo um "boom" de crescimento econômico que lembra os anos 70. Muitas empresas prestadoras de serviços, bem como algumas indústrias têm se instalado ou ampliado suas instalações por aqui.
O jornal Folha da Região publicou recentemente uma revista em homenagem a cidade pelo seu aniversário. Infelizmente, como toda publicação desse tipo, além de matérias ufanistas e históricas, a publicação peca por não ser mais completa. O termo "completa", creio, se deve pelo fato da mesma não abordar assuntos que são problemas rotineiros encontrado pelos munícipes ou que geram preocupação por atravancar o desenvolvimento social e econômico da cidade. Aquilo que chamamos de desafios que a cidade tem de superar.
A falta de uma política clara de educação, de segurança e uma postura política divisível entre o populismo e uma assistência social correta, certamente faria a diferença para os menos favorecidos da cidade. Após quase uma década na mão de um clã (Família Maluly) e de décadas de alternativas entre outros (Andorfatos e Venturollis) Araçatuba parece despertar para o novo. Com a eleição de um prefeito oriundo do movimento sindical, Cido Sério, agora, talvez, a história que a cidade escreve pode mudar mude de vez. Nas últimas eleições, pelo menos apontou para isso, já que 90% da Câmara de vereadores também foi renovada.
Alguns links interessantes sobre o texto;
-
Araçatuba 100 anos
-
Portal Araçatuba 100 anos (Agenda)
-
Slide Share
-
História de Araçatuba
-
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
RECORD NEWS - CHÁVEZ por PH Amorim - Parte 1A
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A entrevista não é atual, mas vale como registro histórico. Para seguir a seqüência da entrevista, basta clicar no vídeo, quando este terminar aqui. Assim voce será direcionado à página do Youtube. Lá, iniciará o mesmo vídeo, basta pará-lo e selecionar a sequência da entrevista no "box", à direito da página. E assim sucessivamente até terminar a entrevista.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
A mídia e as eleições na Venezuela
Há quem diga que a BBC Brasil tem personalidade própria e isenção suficiente para se posicionar seriamente a respeito do que se passa ao redor do mundo. Hoje, especificamente, em contraposição ao texto de ontem, transporto do blog do Miro sua análise a respeito das eleições que ocorreram na Venezuela. Apesar de parecer pouco significante esse país sulamericano para alguns, é emblemático a luta que se trava naquele país. Muitos, inclusive, acreditam que as idéias "pregadas" e iniciadas na Venezuela estão ultrapassadas. Conceito este que perde fôlego a cada notícia em que se é abordado a crise do sistema capitalista, que iremos abordar mais profundamente um pouco mais pra frente.
Na entrevista coletiva em que reconheceu os resultados das eleições e enalteceu a vitalidade da democracia na Venezuela, o presidente Hugo Chávez aproveitou para criticar a cobertura da rede estadunidense CNN. Lembrou que de apoiadora do golpe de abril de 2002, a emissora ianque se transformou no principal cabo eleitoral da oposição direitista no país, manipulando informações para desqualificar o governo venezuelano. A crítica de Chávez serve perfeitamente para analisar a cobertura da mídia brasileira das eleições deste domingo.
Antes do pleito, Folha, Estadão e TV Globo, entre outros veículos, tentaram vender a imagem de que o processo eleitoral seria viciado e de que o governo apelaria à truculência contra a oposição. O correspondente da Folha em Caracas, Fabiano Maisonnave, ex-petista que virou um rancoroso antichavista, pinçou trechos dos discursos de Chávez, descontextualizando-os, para mostrar um governo autoritário, violento, ditatorial. “Chávez usa ameaças para tentar conquistar estado mais rico”, foi uma das manchetes do cínico jornal, que apoiou o golpe militar e as torturas no Brasil.
Sucursal rastaqüera da CNN
Concluída a apuração, a mesma mídia venal passou a festejar a “vitória da oposição”. Os âncoras do Jornal Nacional da TV Globo saudaram, alegremente, “a derrota do presidente Chávez”. O correspondente antichavista da Folha, guindado agora ao posto de colunista e puxa-saco oficial da famíglia Frias, vaticinou o declínio da revolução bolivariana. “Chávez sai desta eleição mais parecido com o caudilhismo rural do século 19”, escreveu o postulante a intelectual da direita.
A manipulação da mídia nativa, sempre tão servil às opiniões do “império do mal”, uma sucursal rastaqüera da CNN, é grosseira. Ela não deu manchetes para os resultados objetivos do pleito, realçando apenas os êxitos da direita. Um jornalismo mais imparcial noticiaria que os chavistas venceram em 17 dos 22 estados; em 233 prefeituras, contra 57 dos oposicionistas; que o PSUV, o partido recém-fundado do presidente Chávez, conquistou 5,6 milhões de votos – no referendo de dezembro passado, o governo teve 4,4 milhões de votos. A mídia seria obrigada a reconhecer que o Chávez continua com invejável força e prestígio, após 10 anos de governo e 14 eleições.
Quadro político mais complexo
Uma análise mais nuançada, menos envenenada pela mídia, aponta certo equilíbrio no resultado eleitoral deste domingo. Indica que a direita oligárquica, que sabotou as eleições de 2004 e que agora decidiu se dobrar às regras democráticas, ainda tem força no país. Ela está fora do governo central, mas mantém seu poder econômico e midiático; conta com o ostensivo apoio dos EUA; e aproveita-se também das limitações da própria “revolução bolivariana”, inclusive das suas falhas administrativas. A oposição passa a governar cinco estados, entre eles o de Zulia, maior produtor de petróleo do país, Miranda e Carabobo. Também dirigirá a estratégica prefeitura de Caracas.
Como raciocina Gilberto Maringoni, autor do livro “A Venezuela que se inventa”, o resultado do pleito torna mais complexa a disputa política no país vizinho. “O governo segue com o apoio da maioria da população, mas a situação do país apresenta nuances... Esta nova oposição, assentada nas mesmas bases sociais da anterior – meios de comunicação, poder econômico e governo dos EUA –, ao que tudo indica, muda qualitativamente o panorama político do país. Possivelmente, o discurso chavista terá de se reciclar”. A direita não venceu, como difunde a mídia, mas o quadro político do país sofreu alterações, o que exigirá muito firmeza de princípios e habilidade tática.
Na entrevista coletiva, o presidente Hugo Chávez parece já ter assimilado o resultado da eleição.
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Luz amarela para Chávez
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quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Encontro Preparatório para a I Conferência de Comunicação será realizado no dia 02
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Análise: Todos ganham nas eleições venezuelanas
domingo, 23 de novembro de 2008
Dez anos de Chávez no poder
A arrasadora vitória eleitoral de Chávez em dezembro de 1998, que recebeu 58% dos votos válidos ante o adversário Enrique Salas Romer Feo, trouxe importantes alterações para a política e economia venezuelana e para a própria América Latina.