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domingo, 31 de outubro de 2010

Pronunciamento de Dilma

 Foto Jonne Roriz


Minhas amigas e meus amigos de todo o Brasil,
É imensa a minha alegria de estar aqui.
Recebi hoje de milhões de brasileiras e brasileiros a missão mais importante de minha vida.
Este fato, para além de minha pessoa, é uma demonstração do avanço democrático do nosso país: pela primeira vez uma mulher presidirá o Brasil. Já registro portanto aqui meu primeiro compromisso após a eleição: honrar as mulheres brasileiras, para que este fato, até hoje inédito, se transforme num evento natural. E que ele possa se repetir e se ampliar nas empresas, nas instituições civis, nas entidades representativas de toda nossa sociedade.
A igualdade de oportunidades para homens e mulheres é um principio essencial da democracia. Gostaria muito que os pais e mães de meninas olhassem hoje nos olhos delas, e lhes dissessem: SIM, a mulher pode!
Minha alegria é ainda maior pelo fato de que a presença de uma mulher na presidência da República se dá pelo caminho sagrado do voto, da decisão democrática do eleitor, do exercício mais elevado da cidadania. Por isso, registro aqui outro compromisso com meu país:
Valorizar a democracia em toda sua dimensão, desde o direito de opinião e expressão até os direitos essenciais da alimentação, do emprego e da renda, da moradia digna e da paz social.
Zelarei pela mais ampla e irrestrita liberdade de imprensa.
Zelarei pela mais ampla liberdade religiosa e de culto.
Zelarei pela observação criteriosa e permanente dos direitos humanos tão claramente consagrados em nossa constituição.
Zelarei, enfim, pela nossa Constituição, dever maior da presidência da República.
Nesta longa jornada que me trouxe aqui pude falar e visitar todas as nossas regiões.
O que mais me deu esperanças foi a capacidade imensa do nosso povo, de agarrar uma oportunidade, por mais singela que seja, e com ela construir um mundo melhor para sua família.
É simplesmente incrível a capacidade de criar e empreender do nosso povo. Por isso, reforço aqui meu compromisso fundamental: a erradicação da miséria e a criação de oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras.
Ressalto, entretanto, que esta ambiciosa meta não será realizada pela vontade do governo. Ela é um chamado à nação, aos empresários, às igrejas, às entidades civis, às universidades, à imprensa, aos governadores, aos prefeitos e a todas as pessoas de bem.
Não podemos descansar enquanto houver brasileiros com fome, enquanto houver famílias morando nas ruas, enquanto crianças pobres estiverem abandonadas à própria sorte.
A erradicação da miséria nos próximos anos é, assim, uma meta que assumo, mas para a qual peço humildemente o apoio de todos que possam ajudar o país no trabalho de superar esse abismo que ainda nos separa de ser uma nação desenvolvida.
O Brasil é uma terra generosa e sempre devolverá em dobro cada semente que for plantada com mão amorosa e olhar para o futuro.
Minha convicção de assumir a meta de erradicar a miséria vem, não de uma certeza teórica, mas da experiência viva do nosso governo, no qual uma imensa mobilidade social se realizou, tornando hoje possível um sonho que sempre pareceu impossível.
Reconheço que teremos um duro trabalho para qualificar o nosso desenvolvimento econômico. Essa nova era de prosperidade criada pela genialidade do presidente Lula e pela força do povo e de nossos empreendedores encontra seu momento de maior potencial numa época em que a economia das grandes nações se encontra abalada.
No curto prazo, não contaremos com a pujança das economias desenvolvidas para impulsionar nosso crescimento. Por isso, se tornam ainda mais importantes nossas próprias políticas, nosso próprio mercado, nossa própria poupança e nossas próprias decisões econômicas.
Longe de dizer, com isso, que pretendamos fechar o país ao mundo. Muito ao contrário, continuaremos propugnando pela ampla abertura das relações comerciais e pelo fim do protecionismo dos países ricos, que impede as nações pobres de realizar plenamente suas vocações.
Mas é preciso reconhecer que teremos grandes responsabilidades num mundo que enfrenta ainda os efeitos de uma crise financeira de grandes proporções e que se socorre de mecanismos nem sempre adequados, nem sempre equilibrados, para a retomada do crescimento.
É preciso, no plano multilateral, estabelecer regras mais claras e mais cuidadosas para a retomada dos mercados de financiamento, limitando a alavancagem e a especulação desmedida, que aumentam a volatilidade dos capitais e das moedas. Atuaremos firmemente nos fóruns internacionais com este objetivo.
Cuidaremos de nossa economia com toda responsabilidade. O povo brasileiro não aceita mais a inflação como solução irresponsável para eventuais desequilíbrios. O povo brasileiro não aceita que governos gastem acima do que seja sustentável.
Por isso, faremos todos os esforços pela melhoria da qualidade do gasto público, pela simplificação e atenuação da tributação e pela qualificação dos serviços públicos.
Mas recusamos as visões de ajustes que recaem sobre os programas sociais, os serviços essenciais à população e os necessários investimentos.
Sim, buscaremos o desenvolvimento de longo prazo, a taxas elevadas, social e ambientalmente sustentáveis. Para isso zelaremos pela poupança pública.
Zelaremos pela meritocracia no funcionalismo e pela excelência do serviço público.
Zelarei pelo aperfeiçoamento de todos os mecanismos que liberem a capacidade empreendedora de nosso empresariado e de nosso povo.
Valorizarei o Micro Empreendedor Individual, para formalizar milhões de negócios individuais ou familiares, ampliarei os limites do Supersimples e construirei modernos mecanismos de aperfeiçoamento econômico, como fez nosso governo na construção civil, no setor elétrico, na lei de recuperação de empresas, entre outros.
As agências reguladoras terão todo respaldo para atuar com determinação e autonomia, voltadas para a promoção da inovação, da saudável concorrência e da efetividade dos setores regulados.
Apresentaremos sempre com clareza nossos planos de ação governamental. Levaremos ao debate público as grandes questões nacionais. Trataremos sempre com transparência nossas metas, nossos resultados, nossas dificuldades.
Mas acima de tudo quero reafirmar nosso compromisso com a estabilidade da economia e das regras econômicas, dos contratos firmados e das conquistas estabelecidas.
Trataremos os recursos provenientes de nossas riquezas sempre com pensamento de longo prazo. Por isso trabalharei no Congresso pela aprovação do Fundo Social do Pré-Sal. Por meio dele queremos realizar muitos de nossos objetivos sociais.
Recusaremos o gasto efêmero que deixa para as futuras gerações apenas as dívidas e a desesperança.
O Fundo Social é mecanismo de poupança de longo prazo, para apoiar as atuais e futuras gerações. Ele é o mais importante fruto do novo modelo que propusemos para a exploração do pré-sal, que reserva à Nação e ao povo a parcela mais importante dessas riquezas.
Definitivamente, não alienaremos nossas riquezas para deixar ao povo só migalhas.
Me comprometi nesta campanha com a qualificação da Educação e dos Serviços de Saúde.
Me comprometi também com a melhoria da segurança pública.
Com o combate às drogas que infelicitam nossas famílias.
Reafirmo aqui estes compromissos. Nomearei ministros e equipes de primeira qualidade para realizar esses objetivos.
Mas acompanharei pessoalmente estas áreas capitais para o desenvolvimento de nosso povo.
A visão moderna do desenvolvimento econômico é aquela que valoriza o trabalhador e sua família, o cidadão e sua comunidade, oferecendo acesso a educação e saúde de qualidade.
É aquela que convive com o meio ambiente sem agredi-lo e sem criar passivos maiores que as conquistas do próprio desenvolvimento.
Não pretendo me estender aqui, neste primeiro pronunciamento ao país, mas quero registrar que todos os compromissos que assumi, perseguirei de forma dedicada e carinhosa.
Disse na campanha que os mais necessitados, as crianças, os jovens, as pessoas com deficiência, o trabalhador desempregado, o idoso teriam toda minha atenção. Reafirmo aqui este compromisso.
Fui eleita com uma coligação de dez partidos e com apoio de lideranças de vários outros partidos. Vou com eles construir um governo onde a capacidade profissional, a liderança e a disposição de servir ao país será o critério fundamental.
Vou valorizar os quadros profissionais da administração pública, independente de filiação partidária.
Dirijo-me também aos partidos de oposição e aos setores da sociedade que não estiveram conosco nesta caminhada. Estendo minha mão a eles. De minha parte não haverá discriminação, privilégios ou compadrio.
A partir de minha posse serei presidenta de todos os brasileiros e brasileiras, respeitando as diferenças de opinião, de crença e de orientação política.
Nosso país precisa ainda melhorar a conduta e a qualidade da política. Quero empenhar-me, junto com todos os partidos, numa reforma política que eleve os valores republicanos, avançando em nossa jovem democracia.
Ao mesmo tempo, afirmo com clareza que valorizarei a transparência na administração pública. Não haverá compromisso com o erro, o desvio e o malfeito. Serei rígida na defesa do interesse público em todos os níveis de meu governo. Os órgãos de controle e de fiscalização trabalharão com meu respaldo, sem jamais perseguir adversários ou proteger amigos.
Deixei para o final os meus agradecimentos, pois quero destacá-los. Primeiro, ao povo que me dedicou seu apoio. Serei eternamente grata pela oportunidade única de servir ao meu país no seu mais alto posto. Prometo devolver em dobro todo o carinho recebido, em todos os lugares que passei.
Mas agradeço respeitosamente também aqueles que votaram no primeiro e no segundo turno em outros candidatos ou candidatas. Eles também fizeram valer a festa da democracia.
Agradeço as lideranças partidárias que me apoiaram e comandaram esta jornada, meus assessores, minhas equipes de trabalho e todos os que dedicaram meses inteiros a esse árduo trabalho.
Agradeço a imprensa brasileira e estrangeira que aqui atua e cada um de seus profissionais pela cobertura do processo eleitoral.
Não nego a vocês que, por vezes, algumas das coisas difundidas me deixaram triste. Mas quem, como eu, lutou pela democracia e pelo direito de livre opinião arriscando a vida; quem, como eu e tantos outros que não estão mais entre nós, dedicamos toda nossa juventude ao direito de expressão, nós somos naturalmente amantes da liberdade. Por isso, não carregarei nenhum ressentimento.
Disse e repito que prefiro o barulho da imprensa livre ao silencio das ditaduras. As criticas do jornalismo livre ajudam ao pais e são essenciais aos governos democráticos, apontando erros e trazendo o necessário contraditório.
Agradeço muito especialmente ao presidente Lula. Ter a honra de seu apoio, ter o privilégio de sua convivência, ter aprendido com sua imensa sabedoria, são coisas que se guarda para a vida toda. Conviver durante todos estes anos com ele me deu a exata dimensão do governante justo e do líder apaixonado por seu pais e por sua gente. A alegria que sinto pela minha vitória se mistura com a emoção da sua despedida.
Sei que um líder como Lula nunca estará longe de seu povo e de cada um de nós.
Baterei muito a sua porta e, tenho certeza, que a encontrarei sempre aberta.
Sei que a distância de um cargo nada significa para um homem de tamanha grandeza e generosidade. A tarefa de sucedê-lo é difícil e desafiadora. Mas saberei honrar seu legado.
Saberei consolidar e avançar sua obra.
Aprendi com ele que quando se governa pensando no interesse público e nos mais necessitados uma imensa força brota do nosso povo.
Uma força que leva o país para frente e ajuda a vencer os maiores desafios.
Passada a eleição agora é hora de trabalho. Passado o debate de projetos agora é hora de união.
União pela educação, união pelo desenvolvimento, união pelo país. Junto comigo foram eleitos novos governadores, deputados, senadores. Ao parabenizá-los, convido a todos, independente de cor partidária, para uma ação determinada pelo futuro de nosso país.
Sempre com a convicção de que a Nação Brasileira será exatamente do tamanho daquilo que, juntos, fizermos por ela.
Muito obrigada,

Uma mulher




Quando criança!
Vem a esperança
E ela nunca se cansa
De no amanhã acreditar.
Quando adolescente
Do amanhã, faz o presente.
E quase sempre se sente pronta pra despertar.

Quando adulta! 
Depois de muita luta 
Acredita num futuro
Quase sempre mais seguro. 
Mas sentindo como é duro, 
ver o outro dia chegar, 
Vai caminhando... 
Seguindo em frente... 
Seus problemas enfrentar.

Quando Idosa! 
Cheia de experiência
E com muita paciência, 
Pode a todos ensinar
Que a essência da vida,
é pela vida passar.

Poema de Mulher de Samara C. A. Santos

Parabéns Brasil!

Em tom poético, presidente venezuelano previu vitória de Dilma



- Quando cair o sol mais além do Amazonas, quando as estrelas começarem a iluminar a imensa terra de Abreu e Lima, as massas populares de Lula, este outro grande companheiro, terão eleito outra mulher patriota para dirigir o novo destino do Brasil. Sim, Dilma a partir de hoje será presidenta. Bem-vinda, camarada!

 Presidente da Venezuela Hugo Chávez 

Pela sexta vez votei 13 para presidente da República


Mas dessa vez foi para presidenta. E olha que votei com gosto. Não pelo fato da candidata ser uma mulher, mas como já havia dito antes, para muitas pessoas, a escolha foi pelo projeto de desenvolvimento, que vem sendo aplicado em nosso país. E que vem dando certo. Oras, por que então, mudar?! Muito sem sentido essa adesão a uma campanha difamatória que varreu nosso país, ajudado, muitas vezes, por lideranças religiosas que, em vez de esclarecer, usavam de sua referência, como liderança, para confundir. Isso sem falar em nossa mídia partidarizada.

No meu relógio agora são exatamente dezenove horas e vinte dois minutos e fiquei sabendo, há pouco, que dão como certa a vitória de Dilma Rousseff, como presidenta do Brasil.

Uma vitória do povo brasileiro, cansado de demagogia em torno de suas necessidades e esperançoso de deixar um legado para seus filhos e netos de uma país que tomou um rumo virtuoso de crescimento, em diversos aspectos e que não pode parar.

Parabéns a você que votou em Dilma. Seu voto teve um enorme significado para nossas elites que não aprenderam ainda a entender a diferença entre desejos e necessidades do povo brasileiro.

É Dilma ou Dilma, para o bem do país.



Hoje, a esperança progressista de todo o mundo dirige seu olhar para o Brasil. Dois projetos de futuro confrontam-se aqui numa síntese dos antagonismos históricos realçados pela crise econômica mundial. Trata-se de decidir a quem pertence o destino da sociedade e do desenvolvimento no século XXI: ao escrutínio da cidadania organizada e ativa –que não restringe sua participação ao momento do voto-- ou à supremacia das finanças desreguladas, cujos impulsos irracionais, mais uma vez evidenciados nesta crise, esfarelam ciclicamente não apenas a riqueza fictícia, mas os direitos que sustentam a convivência compartilhada e, cada vez mais, os recursos que formam as bases da vida na Terra. A América Latina representa hoje a fronteira do mundo onde o embate entre essas duas lógicas evolui de forma cada vez mais nítida e veloz a favor das forças populares. A eleição brasileira representa sem dúvida o grande guarda-chuva político que influenciará decisivasmente o passo seguinte da história regional . As diferentes concepções de desenvolvimento e de estratégia internacional ficaram claramente demarcadas ao longo da campanha que desemboca agora na urna eletrônica. Por isso, hoje, vote 13, vote com orgulho, vote pelo Brasil. Mas também pelo futuro de uma América Latina mais justa e solidária. 

O QUE ESTÁ EM JOGO HOJE NAS URNAS?

O aborto ou os 70 bilhões de barris do pré-sal; uns seis trilhões de dólares; o maior impulso industrializante do país desde Vargas? Quais valores estão em jogo, esses, confirmados hoje nos 15 bilhões de barris, só no poço de Libra, ou os da água benta falsa de Serra? Se prevalecer o modelo tucano de exploração, o pré-sal vira remessa de lucros e exportação de óleo bruto nas mãos das petroleiras internacionais. Perde-se seu efeito multiplicador numa cadeia de suprimento industrial da ordem de 55 mil itens, desde plataformas e navios, a válvulas, aço e parafusos. Porém mais que isso, perder-se-ia a chance histórica deste país eliminar a miséria e abrir uma avenida de ampla convergência de oportunidades e direitos para as gerações do presente e do futuro. Qual é a discussão mais relevante? É essa, por isso não sai no Jornal.
(Carta Maior; 31-10)

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Será que essa denúncia sai na Globo?!


Mais uma pra conta de José Serra. Mais uma de tantas outras, mas que são blindadas pela mídia. E que, por ironia do destino(?!) saiu justamente num veículo acusado de ser serrista. A denúncia saiu no jornal Folha de São Paulo de hoje (26). Será que estão tentando se redimir ou não foram atendidos em alguma coisa?! Enfim, o título da matéria na qual estou me referindo é "Resultado de licitação do metrô de São Paulo já era conhecido seis meses antes". Clique no link para ter acesso a matéria.

Se reclamam sobre as centenas de milhares ou milhões de reais, em denúncias, que pipocam na mídia golpista na reta final dessas eleições contra o governo Lula, no caso dessa denúncia, a soma gira em torno de 4 bilhões. Não é "café pequeno" gente. E está periclitosamente carimbado com o "DNA" do PSDB.

Agora ficou mais claro de como os tucanos conseguem financiamento para suas candidaturas. Uma pena que a mídia televisiva não vá dar o mesmo destaque que dão as ilações de corrupções ou de tráfico de influência no governo Lula, para tentar atingir a candidatura de Dilma Rousseff. Vamos ver se a coordenação de campanha de Dilma aproveite esta oportunidade ímpar e explore muito bem, um caso raro de exposição de denúncia de uma candidatura tucana.


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Chauí denuncia; "vão aprontar pra Dilma na reta final de campanha".


Em ato suprapartidário na Universidade de São Paulo a filósofa Marilena Chauí denuncia articulação da candidatura de José Serra para tentar ligar violência ao PT. Segundo ela, teve acesso à uma denúncia de um diálogo em que se relatavam um movimento de ataque, numa passeata com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (dia 29) irá fazer, para que a coordenação de campanha de Dilma não tivesse tempo hábil para responder aos ataques que certamente seriam repercutidos pela mídia golpista. Denunciar massivamente essa postura mafiosa certamente pode contribuir para que esse episódio não aconteça.

domingo, 24 de outubro de 2010

Pra virar o jogo, Serra terá de fazer mais do mesmo; apostar nas sombras.



Acredito que devo dar a impressão que tirei umas férias e estou completamente ausente nessa disputa que acontece através da mídia digital. Não é verdade. A falta de postagem, aqui no Pimentus,  se deve por conta de compromissos profissionais. Passei a semana inteira viajando atrás dos votos na eleição do Sindicato dos Radialistas de SP. Que diga-se de passagem renovou a direção com chapa única, mas com expressiva participação da categoria. Na semana anterior, provas e trabalhos a serem apresentados na faculdade, no curso de jornalismo que estou fazendo, contribuíram para falta de novas postagens por aqui. Mas independente desses compromissos,  nossa mídia golpista não pára.

É com muito desgosto que acompanho o que se tem produzido para favorecer o candidato das elites que é o candidato do PSDB, José Serra. A mídia digital tem ocupado seu espaço em apenas reproduzir o que a mídia televisiva e a impressa vem fazendo; criar factóides para outros veículos terem pautas para repercutir nos dias subsequentes. Em termos de disputa eleitoral, através da telinha e internet, podemos constatar que quase é uma luta inglória para o PT e aliados,pois não só tem de responder as mentiras, veiculadas no horário eleitoral pelo adversário, mas dar uma resposta aos brasileiros pelos factóides criados e remexidos pelo jornalismo esgoto praticado pelos meios de comunicação aqui no Brasil.

A mídia impressa, televisiva e radiofônica faz o seu trabalho; blindam o candidato do PSDB e maculam a candidatura de Dilma e do PT. Para comprovar isso, basta ver todas as capas de jornais e revistas que nos são servidas como produto "da verdade". A estória do bolinho de papel atirado na careca do candidato Serra virou até sarcasmo na internet. Mas para quem está fazendo Jornalismo, como eu, interessante são as informações colhidas pelo jornalista Rodrigo Vianna, que mantém contatos em diversos meios de comunicação e que tem um blog onde coloca essas informações, com exclusividade. Abaixo um destes posts, que certamente fará não só os estudantes de jornalismo, mas também vc leitor, que caiu aqui por acidente, possa fazer uma analogia do tipo de jornalismo na qual estamos sendo vítimas. São informações reveladoras do que acontece nos bastidores de quem em vez de produzir matérias jornalísticas, amparada na ética e na verdade, joga no lixo o objetivo principal de um veículo de comunicação, que é relatar o fato, sem fazer distorções. Acompanhem abaixo;



O dia em que até a Globo vaiou Ali Kamel

publicada sexta-feira, 22/10/2010 às 17:58 e atualizada sábado, 23/10/2010 às 19:43

O chefe conduz a equipe para a vergonha
Passava das 9 da noite dessa quinta-feira e, como acontece quando o “Jornal Nacional” traz matérias importantes sobre temas políticos, a redação da Globo em São Paulo parou para acompanhar nos monitores a “reportagem” sobre o episódio das “bolinhas” na cabeça de Serra.
A imensa maioria dos jornalistas da Globo-SP (como costuma acontecer em episódios assim) não tinha a menor idéia sobre o teor da reportagem, que tinha sido editada no Rio, com um único objetivo: mostrar que Serra fora, sim, agredido de forma violenta por um grupo de “petistas furiosos” no bairro carioca de Campo Grande.
Na quarta-feira, Globo e Serra tinham sido lançados ao ridículo, porque falaram numa agressão séria – enquanto Record e SBT mostraram que o tucano fora atingido por uma singela bolinha de papel. Aqui, no blog do Azenha. você compara as reportagens das três emissora na quarta-feira. No twitter, Serra virou “Rojas”. Além de Record e SBT, Globo e  Serra tiveram o incômodo de ver o presidente Lula dizer que Serra agira feito o Rojas (goleiro chileno que simulou ferimento durante um jogo no Maracanã).
Ali Kamel não podia levar esse desaforo pra casa. Por isso, na quinta-feira, preparou um “VT especial” – um exemplar típico do jornalismo kameliano. Sete minutos no ar, para “provar” que a bolinha de papel era só parte da história. Teria havido outra “agressão”. Faltou só localizar o Lee Osvald de Campo Grande. O “JN” contorceu-se, estrebuchou para provar a tese de Kamel e Serra. Os editores fizeram todo o possível para cumprir a demanda kameliana. mas o telespectador seguiu sem ver claramente o “outro objeto” que teria atingido o tucano. Serra pode até ter sido atingido 2, 3, 4, 50 vezes. Só que a imagem da Globo de Kamel não permite tirar essa conclusão.
Aliás, vários internautas (como Marcelo Zelic, em ótimo vídeo postado aqui no Escrevinhador) mostraram que a sequência de imagens – quadro a quadro – não evidencia a trajetória do “objeto” rumo à careca lustrosa de Serra.
Mas Ali Kamel precisava comprovar sua tese. E foi buscar um velho conhecido (dele), o peritoRicardo Molina.
Quando o perito apresentou sua “tese” no ar, a imensa redação da Globo de São Paulo – que acompanhava a “reportagem” em silêncio – desmanchou-se num enorme uhhhhhhhhhhh! Mistura de vaia e suspiro coletivo de incredulidade.
Boas fontes – que mantenho na Globo – contam-me que o constrangimento foi tão grande que um dos chefes de redação da sucursal paulista preferiu fechar a persiana do “aquário” (aquelas salas envidraçadas típicas de grandes corporações) de onde acompanhou a reação dos jornalistas. O chefe preferiu não ver.
A vaia dos jornalistas, contam-me, não vinha só de eleitores da Dilma. Há muita gente que vota em Serra na Globo, mas que sentiu vergonha diante do contorcionismo do  “JN”, a serviço de Serra e de Kamel.
Terminado o telejornal, os editores do “JN” em São Paulo recolheram suas coisas, e abandonaram a redação em silêncio – cabisbaixos alguns deles.
Sexta pela manhã, a operação kameliana ainda causava estragos na Globo de São Paulo. Uma jornalista com muitos anos na casa dizia aos colegas: “sinto vergonha de ser jornalista, sinto vergonha de trabalhar aqui”.
Serra e Kamel não sentiram vergonha.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Sem tirar, nem por. Colocando na Balança.

Com informações Rede Brasil Atual
Um infográfico com dados e tabelas comparativas entre os governos. Ilustrações de Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso e seus indicados à Presidência da República, respectivamente José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). O autor da peça é Bruno O. Barros, o IlustreBOB, um designer e ilustrador profissional de 28 anos, residente no Rio de Janeiro (RJ) que resolveu agir e criar uma peça "viral" sobre a campanha, diante dos e-mails e correntes com boatos e informações mentirosas sobre Dilma e o PT (clique aqui para acessar).

O infográfico é um material limpo e direto, com base em dados oficiais como estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O "anti-spam" foi publicado e circulou por blogues, perfis no Twitter e por e-mails na sexta-feira (8). 



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