Não bastasse a intransigência dos governadores da "meia lua", o do Departamento de Cochabamba, opositor ao governo de Evo Morales na Bolívia, se recusa a entregar o cargo, após referendo revogatório ocorrido neste domingo passado, em que foi destituído pela população. Ao contrário, Evo Morales recebeu votação maior do que teve quando se elegeu.
A disputa na Bolívia é a clássica luta de classes. A elite branca e racista boliviana não suporta seus conterrâneos; índios e mestiços. De uma Bolívia rica em recursos, que durante séculos ficou na mão de reacionários, quando este perdem a direção do país para um legítimo representante popular, tentam de todas as maneiras golpear um governo democrático e representativo, à uma Bolívia pobre e miserável que tenta resgatar sua sobernania e auto estima com um legítimo representante da maioria de seu povo.
Acompanhem abaixo mais informações sobre o referendo, que podem ser distorcidas pela mídia corporativa.
Por Carta Maior
Pesquisas apontam que presidente obteve cerca de 60% dos votos nacionais no referendo deste domingo, índice superior aos 53,74% obtidos quando foi eleito em dezembro de 2005. Evo Morales diz que buscará aproximação com as autoridades regionais de oposição e com os movimentos sociais para a aprovação de uma nova Constituição para o país.
Referendo confirma Evo Morales no cargo de presidente
LA PAZ (ANSA) - O presidente boliviano, Evo Morales, e seu vice, Álvaro García Linera, tiveram seus mandatos confirmados, segundo as primeiras pesquisas de boca-de-urna divulgadas após o referendo deste domingo. As primeiras projeções não-oficiais coincidem em afirmar que cerca de 60% dos votos nacionais foram favoráveis ao presidente Evo Morales - mais do que os 53,74% obtidos quando foi eleito em dezembro de 2005, confirmando-o no cargo.
As votações aconteceram entre as 8h e as 16h (horário local) deste domingo e foram acompanhadas por 300 observadores internacionais e 4 mil locais. Os eleitores bolivianos responderam a duas perguntas. A primeira: "Você está de acordo com a continuidade do processo de mudanças guiado pelo presidente Evo Morales Ayma e por seu vice Álvaro García Linera?". E a outra: "Você está de acordo com a continuidade das políticas, as ações e a gestão do prefeito de seu Departamento?".
Antes da divulgação dos resultados, Morales disse que se continuasse no cargo buscaria o consenso com as autoridades regionais e com os movimentos cívicos e sociais para a aprovação da nova Constituição.
"Se me ratificam, convocarei todas as autoridades ratificadas ou as novas autoridades para buscar consensos junto aos movimentos sociais, sejam sindicais ou cívicos, para que o povo possa aprovar uma Constituição Política do Estado boliviano", declarou o presidente boliviano, segundo publicou a Agência Boliviana de Notícias.
O presidente também insistiu durante as votações que o referendo deve propiciar um momento de "grande reconciliação" entre os bolivianos. Por outro lado, o ex-presidente boliviano Eduardo Rodríguez Veltzé avaliou antecipadamente que referendo traria apenas "mudanças marginais" e seus resultados manteriam "a polarização".
"O referendo poderia ter sido um exercício mais produtivo em termos de submeter à consulta temas substanciais e de maior interesse nacional, como a recondução da Assembléia Constituinte ou um regime de autonomias. Para o Governo será um respiro que permitirá recomeçar suas gestões", afirmou o ex-presidente ao jornal chileno La Nación.
Segundo as pesquisas de boca-de-urna, os principais prefeitos (governadores) da oposição - Rubén Costas (Santa Cruz), Mario Cossío (Tarija), Ernesto Suárez (Beni) e Leopoldo Fernández (Pando) também asseguraram a permanência em seus cargos. As pesquisas mostram também que três governadores tiveram seus mandatos revogados neste domingo. Os governadores opositores dos departamentos de La Paz, José Luis Paredes, e de Cochabamba, Manfred Reyes Villa, além do governista de Oruro, Alberto Aguilar, foram revogados no referendo, segundo as mesmas pesquisas.
Com informações da Agência ANSA.
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