O jornalista Paulo Henrique Amorim iniciou uma cruzada há tempos. Há meses vem denunciando em seu blog Conversa Afiada a penetração que o crime organizado conseguiu fazer nas esferas políticas e judiciária brasileira. Talvez o momento mais emblemático destas denúncias foi quando ocorreu a prisão e soltura do banqueiro Daniel Dantas.
Hoje, particularmente, tive a opotunidade de ler uma boa notícia a respeito desta trágica novela brasileira, que segue, frente a perplexidade dos desmandos e patranhas dos atuais Ministros do STF e figuras proeminentes da política brasileira e da Polícia Federal, que articulam não só a desmoralização de quem prendeu o criminoso Dantas, mas em pavimentar sua absolvição. A notícia é um alento em meio à tantas omissões e interferências do STF em tentar desqualificar a postura de quem procurou apenas executar o seu trabalho.
PSOL ENTRA COM REPRESENTAÇÃO PARA DEFENDER PROTÓGENES E DE SANCTIS
O PSOL saiu a campo para lutar a favor dos agentes públicos que tiveram coragem de prender o banqueiro Daniel Dantas. Uma representação assinada por diversas lideranças do partido será entregue nesta quarta-feira, 12, ao Procurador-Geral da República, Fernando Antonio de Souza. O documento pede que seja apurado o comportamento do diretor-geral da PF, Luiz Fernando Correa, e do corregedor do órgão, delegado Amaro Vieira Ferreira. Ambos utilizam seus cargos para desmoralizar Protógenes e De Sanctis. Com isso, criam meios para que os advogados de Dantas possam tirá-lo da cadeia, sinaliza o PSOL.
A representação do partido atira contra Correa e Amaro, mas mira alvos muito maiores do que os dois delegados. "Vamos lutar contra a pressão de todos aqueles que têm o rabo preso com Dantas", diz a deputada Luciana Genro (PSOL-RS). "Entra tanto gente ligada ao Lula, quanto ao STF e ao PSDB. Eu diria que são os altos escalões da política brasileira", afirma.
A deputada não poupa críticas nem mesmo a seu pai, o ministro Tarso Genro (Justiça) a quem a PF está subordinada. Evitando o tratamento de parentesco, refere-se a ele apenas pelo cargo que ocupa. "O ministro está comprando a versão errada dos fatos e está agindo, até involuntariamente, de acordo com esses interesses. Pessoalmente, tenho a convicção de que ele não tem envolvimento nenhum com isso tudo", argumenta Luciana Genro.
Manifestação
Além da representação, o PSOL vai promover uma série de atos públicos pela prisão de Dantas. Eles estão previstos para ocorrer no próximo dia 17, em Porto Alegre, no dia 18, em frente à Assembléia Legislativa de São Paulo, e no dia 19, em frente ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília. A data coincide também com o prazo final para que o juiz Fausto De Sanctis dê a sentença a Dantas.
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