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segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

CPMF nelles (II)



O tema, da disputa a respeito da CPMF, é recorrente pq o governo não conseguiu resolver esta questão com os Demos. Como essa turma toda é fisiológica, estou me surpreendendo com o posicionamento deles. Incoerentes, claro. Já que foram um dos articuladores da criação do imposto e, quando no governo, ferozes defensores do mesmo. Esses tranqueiras realmente não valem nada.

Os empresários, maiores beneficiários desta não renovação, esperneiam contra seus parlamentares, financiados pelo seu capital, que irão votar pela renovação. Mas com certeza, em outros temas relevantes também, esses mesmos parlamentares continuaram a legislar para eles. Por hora os parlamentares irão se sentir intimidados por essa elite reacionária travestida de "modernos empreendedores" que seguem a lógica do mercado.

Para saber como anda esta disputa clique no título deste texto.

O texto abaixo, do Eduardo Guimarães, é muito interessante e reflete parte dessas incoerências. Típicas dos políticos de direita, mas que também não deixa imune os da esquerda, com suas exceções, claro.


Demagogia anti-CPMF
A resistência da oposição no Senado em aprovar a CPMF pode vir a se mostrar mero jogo de cena. Os governadores tucanos não querem nem ouvir falar em perder a parte dos Estados na receita do imposto. Aliás, como o PSDB acredita que já elegeu José Serra presidente da República, é bem possível que na hora agá os tucanos votem com o governo.
Esse teatro todo só está sendo levado a sério pelo PFL. Lula disse a maior das verdades quando acusou o partido de lutar contra o imposto do cheque porque não tem perspectiva de chegar ao poder. Já o PSDB, esse, em parte, poderá trair os que querem realmente acabar com a CPMF.
Aliás, todos sabemos como o Senado anda contrariando os desejos da mídia. Vejam só o caso Renan: foi absolvido duas vezes.
Não aprovar a prorrogação da CPMF seria danoso ao país. É um imposto que não pesa no bolso de ninguém e que quem paga é só quem tem como pagar. Serve para o governo ter como fiscalizar movimentações financeiras atípicas. É um imposto socialmente justo e acabar com ele é sabotagem contra o governo. É para dificultar a situação do país a fim de as pessoas ficarem descontentes com o governo na próxima eleição.
Cortes de gastos públicos são sempre bons, mas extinguir impostos é assunto delicado em qualquer parte. Quando vejo políticos que estão na oposição votarem matérias dessa importância com os olhos postos na próxima eleição, apenas, percebo como ainda estamos longe de civilizar o Brasil. Certos golpes baixos não são mais aplicados entre os adversários políticos nos países mais desenvolvidos.
Mas o impressionante mesmo é que até agora não vi ser usada a palavra demagogia para descrever o comportamento da oposição. Nem a prima pobre dessa palavra, a palavra populismo, mais em moda.

http://edu.guim.blog.uol.com.br/

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