
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Em Brasília

MST sob fogo cerrado no Rio Grande do Sul

Criminalização do MST no RS - Quem agride a democracia?
Para ver melhor este vídeo, desligue antes a estação musical, a esquerda da página.
Veja a produção do coletivo Catarse, que reúne registros da violência utilizada pela polícia gaúcha para reprimir diversas manifestações pacíficas realizadas pelo MST e outros movimentos sociais, durante este mês de junho. O vídeo mostra como alguns setores do Judiciário e a governadora do estado, Yeda Crusius (PSDB), vêm agindo nas últimas semanas para calar os movimentos sociais e conter os protestos que denunciam também a corrupção em seu governo, além de outros crimes.
O vídeo traz registros da repressão policial truculenta à marcha de movimentos sociais contra o preço do alimento e as atuais políticas da governadora, realizada em Porto Alegre, no dia 11 de junho; do ato público dos movimentos sociais em 19 de junho; da ação pistoleira da Brigada Militar durante ocupação da transnacional Bunge, em Passo Fundo, no dia 10 de junho; e do despejo nunca visto de acampados em terras regulares, em Coqueiros do Sul, em 18 de junho.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
JOÃO PEDRO STEDILE no Canal Livre da Band: parte 1
Para ver melhor este vídeo, desligue antes a estação musical, a esquerda da página.
Quer ver uma surra sem violência? Mesmo com a covardia de alguns jornalistas, comprometidos com o capital, tentando ser "democráticos" com tempestuosas intervenções, Stédile lhes devolvia respotas serenas e de muito bom senso.
Mesmo sendo um contraponto ao que vemos todos os dias em nossa mídia a entrevista serviu para lavar a alma dos que estão cansados da maneira reacionária com que a mídia corporativa pintam os movimentos sociais.
Acompanhem a entrevista em que João Pedro Stédile deu no canal de TV Bandeirantes, na qual desnudou o caráter reacionário dos jornalistas, que são colunistas em outros meios de comunicação também.
Esta é a primeira parte. Para ver a seqüência da entrevista, clique no vídeo mais uma vez e vc irá para o site do Youtube. Lá, ao lado direito, procure a seqüência que deve seguir a ordem numeral (JOÃO PEDRO STEDILE no Canal Livre da Band: parte 2).
Bom divertimento
terça-feira, 24 de junho de 2008
TV Digital brasileira é um fracasso

“Seis meses após sua estréia oficial, a única certeza que se tem sobre a TV digital brasileira é que ela ainda dá traço --ou seja, a recepção do sinal em televisores sequer atinge o equivalente a um ponto no Ibope, 55 mil domicílios na Grande SP”, publicou a Folha Online, no dia 7/6.
Essa situação não é surpresa. Desde o início da discussão sobre a TV Digital no Brasil, falou-se muito em tecnologia e quase nada em conteúdo. O próprio Ministério das Comunicações, através do Sr. Marcelo Bechara, assessor do ministro Hélio Costa, afirmou que o conteúdo não tinha importância.
O fracasso da empreitada vem desse fato. Quem, em sã consciência, vai gastar R$ 800,00 com um conversor para assistir Faustão, Gugu ou Luciana Gimenez, em transmissão digital? A TV aberta perde audiência, sistematicamente, e não reformula a sua programação. As emissoras são as principais responsáveis pela redução de público, já que seguem reproduzindo programas ultrapassados, que o público não quer mais.
Além disso, para a maioria da população esse investimento é inviável. Para quem pode pagar, vale mais a pena optar pela TV paga, apesar de não ser uma maravilha, também.
Outro fator importante é a interatividade. Esse é o maior diferencial da TV Digital, mas ainda não está disponível, no Brasil. "As emissoras morrem de medo de conectar algum canal de retorno na TV e verem a chegada da convergência no ambiente que elas lutam para manter 'intocado", afirmou Gustavo Gindré, membro do Comitê Gestor da Internet e do Intervozes, para a Folha Online.
Mais;
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Mercenários

sexta-feira, 20 de junho de 2008
Convenção 158 da OIT pode sucumbir. Por Altamiro Borges

Numa tensa reunião nesta quarta-feira, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara Federal adiou para 25 de junho a votação da mensagem presidencial 59/08, que ratifica a Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Esta norma, que já é aplicada em 34 países, proíbe as demissões imotivadas. Caso fosse implantada no Brasil, ela dificultaria a sanha arbitrária do patronato, que abusa do facão por razões econômicas (estimular a rotatividade para rebaixar salários e direitos) e políticas (inibir a ação coletiva, sindical, dos trabalhadores).
Jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB, editor da revista Debate Sindical e autor do livro “Venezuela: originalidade e ousadia” (Editora Anita Garibaldi, 3ª edição).
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Peru negocia instalação de base militar dos EUA

Apesar das negativas do presidente Alan García, Exército confirma o diálogo com o Pentágono; “Instalação confirma que o governo peruano tem se tornado um aliado privilegiado de Washington para manter uma estrutura de segurança militar na região”, diz especialista.
Em Ayacucho se concentram os últimos integrantes do grupo armado Sendero Luminoso, com uns 300 homens, mais de 15 mil hectares semeados com folha de coca. “Efetivamente, estamos em conversas (com os Estados Unidos) para construir um aeroporto militar”, declarou o Chefe do Exército, general Edwin Donayre. Desta maneira, confirmou o que diversos setores estão denunciando e que os governos do Peru e Estados Unidos haviam negado em todos os tons.
Em março de 2007, o jornal argentino Página 12 revelou que o governo peruano negociava com os Estados Unidos – que em 2009 deverá fechar sua base de Manta, no Equador – a instalação de uma base militar no território peruano. Conversas que, segundo as fontes consultadas, formavam parte das negociações entre Peru e Estados Unidos para firmar um Tratado de Livre Comércio (TLC), que ambos países subscreveram em dezembro de 2007. O governo peruano reagiu negando essa possibilidade, ainda que fontes militares confirmaram essas conversas a meios locais. Vom as declarações do general Donayre, pela primeira vez uma alta autoridade do governo peruano admite publicamente a próxima instalação de uma base militar dos EUA.
Operação "Novos Horizontes"
Em maio, foram para Ayacucho mais de cem soldados estadunidenses com o objetivo de iniciar a Operação “Novos Horizontes”, que se prolongará até setembro e na qual participarão mais de mil militares desse país. Segundo as autoridades peruanas, “Novos Horizontes” se limitará a desenvolver ações de ajuda humanitária, mas as tropas estadunidenses estão fortemente armadas, o que desperta as desconfianças sobre as verdadeiras intenções que se ocultariam atrás dessa suposta ajuda humanitária.
A população de Ayacucho tem anunciado medidas de protesto contra a chegada das tropas, como uma paralisação marcada para 8 de julho, em repúdio à presença militar estadunidense. O quartel Los Cabitos, de Ayacucho, foi o centro a partir do qual se dirigiu à guerra antisubversiva nos anos 80 e 90. Tornou-se em cenário de detenções ilegais, torturas e execuções extrajudiciais durante os anos da guerra interna. Recentes investigações têm revelado a existência de valas comuns dentro de Los Cabitos, com centenas de corpos das vítimas da guerra suja.
“A seleção de Ayacucho tem a ver com o interesse dos Estados Unidos de estarem no coração da zona mais problemática em termos de segurança que há no país e porque está na mesma distância do conflito armado na Colômbia e dos conflitos políticos na Bolívia. Desta base, os Estados Unidos operariam em toda a região. Com sua instalação, o Peru estaria se envolvendo perigosamente em um conflito regional”, sinalizou Ricardo Soberón, especialista em temas militares e de narcotráfico. E acrescenta: “A instalação de um aeroporto militar norte-americano confirma que o governo de Garcia tem se tornado um aliado privilegiado de Washington para manter uma estrutura de segurança militar na região”.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Fórum Mídia Livre

Blog do Miro: um balanço do Fórum
de Mídia Livre
Lançado em março, num encontro em São Paulo com 42
jornalistas, docentes e comunicadores sociais, o fórum já mostrou a sua força e tem tudo para ser um ator importante na luta pela democratização dos meios de
comunicação e pelo fortalecimento da mídia livre.
Além do aspecto quantitativo, que garantiu a sua representatividade, o fórum teve uma qualidade
que deve ser preservada e valorizada: a sua pluralidade. Durante os dois dias do evento na UFRJ, houve a convivência madura e franca entre distintas concepções e
variadas experiências. Desde os que priorizam as iniciativas atomizadas e autonomistas, até os que encaram esta batalha como eminentemente política, na
qual a pressão sobre o Estado é decisiva.
O fórum teve a presença de jornalistas da “mídia grande” – embora poucos – e de ativistas que realizam, de
forma heróica e criativa, experiências em rádios e TVs comunitárias, sites, blogs, revistas e jornais.
Nesta unidade na diversidade, surgiram várias
propostas para o fortalecimento da mídia livre no país – como a da construção de uma rede colaborativa, um tipo de portal, que crie maior sinergia entre as várias experiências; a campanha pela democratização das verbas publicitárias; a
luta pela realização da Conferência Nacional de Comunicação com critérios democráticos de participação; a exigência de que os Correios distribuam impressos alternativos, superando o atual monopólio do setor; a campanha pela
inclusão digital e pela difusão do software livre; construção de pontos de mídia livre, seguindo a rica experiência dos pontos de cultura; entre outras idéias.
Os participantes também aprovaram os próximos passos organizativos e políticos do Fórum de Mídia Livre, o que consolida o movimento e indica que ele
veio para jogar papel na sociedade. A próxima fase, no segundo semestre deste ano, será a da constituição dos núcleos nos estados, que terão autonomia para organizar fóruns estaduais representativos; em janeiro próximo, durante o Fórum
Social Mundial em Belém, ocorrerá um encontro de caráter mundial ou latino-americano dos “midialivristas”; e o segundo fórum brasileiro foi marcado para 2009. Também foi composto um novo grupo de trabalho executivo nacional
(GTE) para encaminhar as decisões da UFRJ.
No que se refere à ação política, ficou acertada a ampla difusão do manifesto do movimento, que será alvo de debates com os movimentos sociais e as forças políticas. Já os núcleos
municipais e estaduais agendarão encontros com representantes do Executivo, Legislativo e Judiciário, assim como serão marcadas audiências com os presidentes da República, do Congresso e do STF.
A idéia é promover nesta data um ato político em Brasília. A partir do belo evento da UFRJ, o Fórum
de Mídia Livre (FML) agora adquire nova dinâmica e seu êxito dependerá do engajamento de todos os que encaram esta luta como indispensável à ampliação da democracia no Brasil.
Altamiro Borges
Jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB, editor da revista
Debate Sindical e autor do livro “Venezuela: originalidade e ousadia” (Editora
Anita Garibaldi, 3ª edição).
Quem faz o Fórum de Mídia Livre - 14/06/2008
terça-feira, 17 de junho de 2008
A propriedade privada e sua função social
O direito à propriedade existiu muito antes do capitalismo, mas só neste ele assumiu a centralidade que tem, a ponto dos liberais clássicos incluírem-no entre os direitos naturais do homem, da mesma forma que os de vida, de privacidade, de circulação, de manifestação da opinião. Mas foi sempre um direito com contrapesos. Só no capitalismo tornou-se uma variável independente, praticamente critério para definir se se vive em uma sociedade livre. Liberdade e direito de propriedade tendem a identificar-se.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Um pensamento

sexta-feira, 13 de junho de 2008
Mídia não assume, mas faz política o tempo todo

É notório, as vezes quase explícito, a postura facciosa de nossa mídia em relação ao tratamento dispensado ao governo federal e a oposição. Pipocam os casos de corrupção no Rio Grande do Sul, com a governadora Yeda Crucis do PSDB e o caso da empresa Alstom, que envolve membros dos governos do PSDB de tempos atrás e que permanecem no atual governo, também do PSDB aqui em São Paulo. Não se ouve, não se lê, não se sabe. A única forma de acompanhar esses assuntos somente através da mídia independente e alguns veículos alternativos de comunicação. De resto; esqueça. Por isso tem muito branquinho e neguinho esbravejando sua indignação sobre corrupção no governo Lula, mas se cala em relação ao governo de Serra, atualmente.E de Alckmin no passado, por exemplo, aqui em São Paulo. Um disparate.
Sem a devida independência, nossa mídia apresenta um jornalismo por si só em péssimo estado. Chega a ser grotesco, até.E quem os afunda cada vez mais são os interesses das grandes corporações que tem uma visão de Estado bem diferente do atual governo federal. Por isso essa campanha, sem limite, de ficar suscitando crises uma atrás da outra contra o governo do Presidente Lula. Tá certo que este governo não está sendo uma "brastemp", mas muito melhor que o desastre dos governos do PSDB que nossa sociedade teve o dissabor de conhecer e está conhecendo a vários anos aqui em SP.
Acompanhem abaixo algumas dessas descrições do posicionamento da mídia em relação a episódios comprometedores a possíveis candidatos que a mídia corporativa defende;
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No blog do Mello
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Crise, que crise? O PIG busca uma crise.
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No blog Democracia e Política
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Rádio tira o manto da "imparcialidade" e entra na disputa política
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quinta-feira, 12 de junho de 2008
Ações do MST e da Assembléia Popular denunciam poder das transnacionais e modelo do agronegócio

quarta-feira, 11 de junho de 2008
Ler; princípio básico para evoluir culturalmente

terça-feira, 10 de junho de 2008
Ler; princípio básico de quem quer evoluir

Quero falar da Editora Expressão Popular. Tive oportunidade de conhecer seus livros nos encontros e cursos políticos que tenho participado. Ao contrário de outras editoras, os livros da Expressão Popular são demasiadamete baratos (existe algo assim por aí?) Verdade. Abaixo vou disponibilizar alguns links dos livros que estão em promoção ou que acredito ser interessante para aqueles que querem zigue zaguear pela área. Um dos livros que li e achei muito interessante (fácil leitura e descrição histórica do socialismo tupiniquim) foi Histórias das Idéias Socialistas no Brasil (R$ 15,00 apenas). Parece uma cartilha. Recheadas de história e de fotos, nos leva a compreender alguns conceitos que são usados, mas não entendidos por muita gente. Vale a pena. No site da editora é possível fazer as comprar pela internet. Tudo facilitado para aqueles que gostam de ler ou querem aprender um pouco mais. Só não compra quem não quer.
Veja mais;
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A Editora Expressão Popular
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A página principal
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segunda-feira, 9 de junho de 2008
De graça e com qualidade

sexta-feira, 6 de junho de 2008
A influência perigosa dos radiodifusores no Congresso Nacional

Foi uma batalha quase que inglória, não fosse uma retirada estratégica. Como previsto os radiodifusores nacionais (lê-se Rede Globo) pressionaram o congresso em relação a votação da PL 29 a ponto de o mesmo ter recuado em relação a votação que deveria ter sido dia 4 deste mês. Parece que foi transferido para o dia 11.
Quem tem acompanhado o PIMENTUS sobre esse assunto deve saber que a PL deixaria o setor de tv por assinatura com um caráter mais democrático e desenvolvimentista, junto ao setor de produção audiovisual. Além é claro de colocar novos players no setor, aumentando a concorrência, barateando o serviço e conseqüentemente, garantindo acesso ao serviço por mais pessoas. O setor de TV por assinatura promete muitas vantagens para o investidor, já que, com o crescimento da economia, o setor cresce 15% ao ano. O que despertou o interesse das Teles (empresas do setor de telecomunicação) pelo segmento. Apesar do poderio econômico das teles, este poder está sendo muito pequeno frente ao poder político dos radiodifusores. Já que aparentemente esta seria sua segunda derrota, mesmo que momentânea. A primeira foi a escolha do padrão de tv digital. Venceu o japonês, como queriam os radiodifusores e contrariando as empresas de telecomunicações.
Abaixo vou reproduzir a notícia na qual "pesquei" no clipping de notícias, sobre a área de comunicação, que recebo do FNDC. A notícia foi publicada na revista Teletime, que encampa o serviço de Telecomunicações no Brasil.
Pressão dos radiodifusores retira PL 29 da pauta
Mariana Mazza- Tele Time
O esforço dos deputados em fechar um acordo para a votação do PL 29/2007, que trata do mercado de TV por assinatura e do audiovisual, ainda não se concretizou esta semana. Nos últimos dias, parte dos afetados pela proposta partiu para o contra-ataque. E, até o momento, com sucesso. Aguardada para esta quarta-feira, 4, a votação do PL 29 foi suspensa mais uma vez. O projeto foi retirado da pauta em cima da hora pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTI) após um acordo com o deputado-relator Jorge Bittar (PT/RJ). O projeto pode voltar à pauta na reunião do dia 11 de junho, próxima quarta-feira.
Até ontem à noite, a expectativa dos deputados era de que a proposta poderia ser mantida em pauta nesta quarta, mesmo que não houvesse acordo de todos os parlamentares para a aprovação. O jogo virou na noite de terça, conforme adiantou este noticiário.
Segundo parlamentares ouvidos, representantes das radiodifusoras estiveram em peso na comissão e conseguiram convencer a maior parte dos deputados a apoiarem a retirada da proposta de pauta. Valeu como reforço para este processo de convencimento a articulação realizada nos últimos dias pelas empresas de radiodifusão junto a membros do governo e alguns deputados. Até mesmo o ministro das Comunicações, Hélio Costa, teria solicitado ao deputado-relator Jorge Bittar (PT/RJ) que alterasse o substitutivo para que fosse possível a votação.
O grande estrategista para a nova suspensão teria sido a Globo. "O que ocorreu hoje aqui foi fruto de uma pressão de um grupo econômico específico", alegou Bittar, reconhecendo depois que seria a Globo este articulador.
Convencimento
Parece não ter sido fácil convencer o deputado a retirar o projeto da pauta. Quase uma hora depois do início da sessão da Comissão de Ciência e Tecnologia, Bittar ainda não havia comparecido à comissão nem assinado a lista de presença. O presidente da CCTI, deputado Walter Pinheiro (PT/BA) passou boa parte desse tempo reunido com Bittar acertando a condução da retirada do projeto.
A cobrança nos bastidores é para que Bittar retire todo o sistema de cotas incluído em sua proposta. No mínimo, as TVs exigem a retirada do artigo que prevê a abertura em 1/3 do mercado de programação para "programadoras nacionais incentivadas", o que reduzirá o espaço das programadoras atualmente dominantes do mercado.
Este pedido foi confirmado pelo deputado Júlio Semeghini (PSDB/SP) que tem participado das negociações.
Bittar mantém-se resistente a mudanças profundas no conteúdo da proposta. "Não há porque temer o estímulo criado na forma de cotas", avaliou o deputado. "Impedir que esta matéria seja aprovada ainda neste ano significa privar a sociedade brasileira de mais concorrência nas telecomunicações", complementou.
Radiodifusores
Contrariado após o novo adiamento da votação, Bittar voltou a artilharia para os radiodifusores. O relator, que até o momento vinha escolhendo o caminho da diplomacia e não nominava os realizadores das pressões para que o projeto fosse votado, resolveu tornar pública sua insatisfação com a postura das TVs abertas na negociação. "Inicialmente essa matéria estaria bloqueada porque várias empresas de radiodifusão temiam que com a entrada das teles pudesse haver uma desnacionalização do conteúdo audiovisual brasileiro", contou o deputado, explicando depois que optou por entrar na regulamentação do audiovisual exatamente para sanar essa preocupação dos radiodifusores.
A mudança de postura (as radiodifusoras são contra, no momento, a qualquer regulamentação do audiovisual) surpreendeu o parlamentar, que agora reclama da falta de apoio. "Não podemos ficar à mercê de um ou outro grupo econômico que sempre apresenta um fato novo, uma visão nova", desabafou. Como exemplo, citou que a mudança de terminologia de "programadora independente" para "programadora incentivada" foi sugerida pelas radiodifusoras, que agora se colocam contra a manutenção da regra em questão.
Minicom criticado
A atuação de dois membros do governo foi crucial para o adiamento realizado hoje. O primeiro personagem novo é o ministro de Relações Institucionais, José Múcio. Ele solicitou à CCTI a retirada do projeto de pauta. O deputado Miro Teixeira (PDT/RJ) elogiou a atitude de Múcio, mas ponderou que a entrada do ministro mostra que não há acordo mesmo dentro do governo para a votação da matéria.
Bittar viu de forma positiva a intervenção do ministro e entende que isso pode demonstrar uma disposição de o Executivo apoiar com mais vigor a aprovação da matéria.
Outra participação polêmica foi a do ministro das Comunicações, Hélio Costa. Ele teria reclamado aos membros da CCTI sobre o formato do projeto e sugerido que se retirassem os trechos polêmicos. Os deputados não gostaram da intromissão do ministério. O presidente da CCTI criticou a falta de participação do ministro em diversas ocasiões em que a comissão o convidou para o debate. "Não sei até quando o ministro vai manter essa postura de não comparecer a esta comissão; de mandar representantes. Ele não veio nem na comissão geral (sobre o PL 29)", reclamou Pinheiro. "Será que vamos ter que convocar o ministro para que ele compareça a esta comissão?"
Em evento na última segunda-feira, 2, o ministro Hélio Costa criticou o texto do PL 29 e afirmou que, sem alterações, não será possível aprovar a proposta. Bittar também protestou contra os comentários do ministro e a falta de participação nos debates. "Eu até agora não recebi uma vírgula de contribuição do ministério. Apresentei o texto para o ministro há seis meses e, até hoje, nada. O ministério tem sido omisso", afirmou.
Mais informações no blog do relator do substitutivo da PL 29 Jorge BittarVotação do substitutivo do PL 29 está marcada para 11 de junho
Leia abaixo o que já foi publicado sobre a PL 29 no Pimentus Ardidus;
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FNDC questiona relatório da PL 29, sobre tv por assinatura
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Programação de conteúdo nacional e de qualidade
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Entrevista com o relator da PL 29/2007
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quinta-feira, 5 de junho de 2008
I Forum de Mídia Livre: inscrições abertas

Nos próximo dias 14 e 15 de junho de 2008 na UFRJ, campus da Praia Vermelha, em Botafogo no Rio de Janeiro, a sociedade organizada e as pessoas que lutam ou anseiam por uma mídia livre de manipulações estarão se reunindo para fazer valer seus interesses. É um forum de discussão onde será discutido; "...o avanço do movimento de comunicação da mídia livre em todo o País, de maneira que seja obtida a garantia junto ao poder público de espaços para os veículos da mídia livre nas TVs e nas rádios públicas, a regulação da distribuição das verbas publicitárias públicas em nosso País e o avanço das microestruturas globais mediáticas, assimétricas, improvisadas, parcialmente caóticas e autônomas, como as redes digitais, as migrações, os coletivos e as ocupações urbanas, bem como de agregadores da diversidade da mídia e dos que a fazem."
Certamente é um passo importante para aqueles que não se conformam com a realidade que estamos vivendo. Principalmente por estar ocorrendo em "tempos democráticos", se é que podemos afirmar isso, né?!
Maiores detalhes no texto abaixo ou no link para inscrições.
Participe!
Estão abertas as inscrições para o I Fórum de Mídia Livre, que ocorrerá no Rio de Janeiro, dias 14 e 15 de junho, e reunirá participantes de todo o País. O evento é parte de uma ampla mobilização de jornalistas, acadêmicos, estudantes e ativistas e demais interessados pela democratização da comunicação, em defesa da diversidade informativa, do trabalho de colaboração nos novos meios e sua expansão, bem como da garantia de amplo direito à comunicação.
Faça sua inscrição clicando aqui
Mais informações sobre o evento;
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Notícias sobre o ataque às FARCs: cronologia de mentiras

O jornalista Pascual Serrano faz uma cronologia num texto no Portal de notícias Carta Maior a respeito do episódio do ataque do Exército colombiano às FARCs no Equador. Vê-se no texto a quantidade de mentiras e os interesses que há por trás das divulgações das mesmas. Se proceder essas informações, o que não duvido, é mais uma prova de como estamos sujeitos a ser enganados de maneira seqüencial, já que além da precária qualidade do jornalismo atual, em ficar utilizando o Ctrl-C + Ctrl-V (copiar e colar) para reproduzir notícias que não correspondem com a verdade (barriga no jargão jornalístico), os interesses econômicos e políticos tem prevalecido acima da verdade. Jogando no lixo o manual do jornalismo sério e comprometido com a verdade.
Interessante dizer também que o computador do líder das FARCs Raul Reyes está sendo utilizado politicamente já algum tempo. Sempre atendendo os interesses daqueles que estão com sua posse. É possível perceber no texto que a INTERPOL, ao fazer um relatório a respeito do computador não entra no mérito do que há em seu interior, oque a imprensa colombiana e americana "se esquecem" citar e divulgam mentiras conforme seus interesses. Acompanhem no texto abaixo as reflexões que desnudam as mentiras propaladas na época do episódio em questão;
Como transformar Chávez em um terrorista em dois meses
O bombardeio de um acampamento das FARC no Equador, por parte da Colômbia, iniciou uma autêntica guerra midiática. Qualquer semelhança entre a versão da grande mídia e a realidade é mero acaso. Saiba como operou o eixo midiático formado pelos jornais The Wall Street Journal (EUA), El Tiempo (Colômbia) e El País (Espanha).
Pascual Serrano - Diagonal
Primeiro disseram que era ditador, mas não convenceram ninguém, por ser ele o presidente americano que mais eleições ganhou. Depois propagaram que ele estava se armando até os dentes e era um perigo para a estabilidade da região, mas a verdade é que Chávez nunca utilizou uma única arma fora de seu país. Ou seja, que o último lance é transformá-lo em terrorista, por meio de uma operação midiática de dois meses. Vamos repassar a cronologia da operação e comparemos cada acontecimento: a versão do eixo midiático (El País, El Tiempo, The Wall Street Jornal, o presidente colombiano Uribe, a Casa Branca) e a versão do que realmente aconteceu.
1º DE MARÇO DE 2008
VERSÃO DO EIXO MIDIÁTICO: O Exército colombiano ataca um acampamento das FARC em uma perseguição perto da fronteira do Equador. A notícia ocupa a primeira página da imprensa internacional.
VERSÃO REAL: O Exército colombiano bombardeou um acampamento com os representantes internacionais das FARC às três da manhã, enquanto todos dormiam. Para isso, invadiram território equatoriano adentrando dois quilômetros no país. Assassinaram, também, três estudantes mexicanos de uma delegação que estava se entrevistando com o comandante Raúl Reyes. Utilizaram tecnologia e mísseis norte-americanos e, depois, assassinaram os feridos com um tiro de misericórdia. Essa delegação guerrilheira estava no Equador para negociar com as autoridades francesas a libertação de Ingrid Betancourt. A morte de Reyes abortou essa operação. Todos estes elementos vão se tornando conhecidos posteriormente, pouco a pouco, e são incorporados somente nas páginas interiores dos jornais. Outro detalhe a ser considerado é que o jornal El Tiempo é propriedade da família Santos, e seu diretor – Enrique Santos –é irmão do ministro de Defesa – Juan Manuel Santos – e primo do vice-presidente colombiano, Francisco Santos.
9 E 10 DE MAIO DE 2008
VERSÃO DO EIXO MIDIÁTICO: No dia 9 de maio, The Wall Street Journal afirma que teve acesso a documentos procedentes do computador de Raúl Reyes, os quais confirmariam que Chávez enviou dinheiro para as FARC. A notícia é reproduzida pelo jornal El Tiempo e por todas as agências internacionais. No dia seguinte, 10 de maio, o jornal El País, da Espanha, afirma que também teve acesso aos documentos de Raúl Reyes e tem como manchete “Os papéis das FARC acusam Chávez”. Mais uma vez, o jornal El Tiempo reproduz a notícia.
15 DE MAIO DE 2008
A Interpol torna público o relatório sobre os supostos computadores de Raúl Reyes.
16 DE MAIO DE 2008
VERSÃO DO EIXO MIDIÁTICO: A imprensa norte-americana, espanhola e colombiana tem como manchete que o relatório da Interpol revela que os computadores eram das FARC e que não foram manipulados pelas autoridades colombianas. O jornal El País afirma que “segundo a agência policial, a Venezuela financiou as FARC”.
VERSÃO REAL : O relatório da Interpol não faz nenhuma referência ao conteúdo dos arquivos, uma vez que, tal e como esclarecem no início, os especialistas informáticos que fizeram a vistoria “eram provenientes de fora da região e não falavam espanhol” – eram asiáticos –, com a finalidade de “eliminar a possibilidade de que fossem influenciados pelo conteúdo dos dados que estavam analisando”. O relatório confirma que milhares de arquivos apresentam data falsa: “2.110 arquivos cujas datas de criação oscilam entre 20 de abril de 2009 e 27 de agosto de 2009; 1.434 arquivos cujas datas de última modificação variam entre 5 de abril de 2009 e 16 de outubro de 2010” e que nos três computadores os discos rígidos externos e as chaves USB foram conectados depois do ataque e antes de serem entregues aos investigadores de informática forense da polícia judiciária colombiana. A Interpol denuncia, portanto, que “o acesso aos dados contidos nas citadas provas não se ajustou aos princípios reconhecidos internacionalmente para o tratamento de provas eletrônicas por parte dos organismos encarregados da aplicação da lei”, ao ponto de que em dias posteriores ao 1º de março de 2008, ou seja, estando em mãos das autoridades colombianas, fica comprovada a “criação de 273 arquivos de sistema, a abertura de 373 arquivos de sistema e de usuário, modificação de 786 arquivos de sistema e eliminação de 488 arquivos de sistema”. Quanto à procedência desses computadores, o relatório começa esclarecendo que “a verificação realizada pela Interpol das oito provas instrumentais citadas não implica na validação da exatidão dos arquivos de usuário que elas contêm, da interpretação que qualquer país possa fazer desses arquivos, nem da sua origem”. Nesse mesmo dia é celebrada a Cúpula América Latina e Caribe-União Européia, em Lima. O assunto dos computadores das FARC e as acusações contra Chávez dominam a agenda informativa.
CONCLUSÕES
O desenvolvimento das informações difundidas mostra uma clara coordenação entre meios norte-americanos, como The Wall Street Journal, e os jornais El País e El Tiempo. É possível observar que El Tiempo começou difundindo os “vazamentos” do Governo sobre as circunstâncias do ataque, todos desmentidos posteriormente. Por isso, passaram para a estratégia de que fossem os meios amigos internacionais os que recebessem os vazamentos e difundissem os supostos conteúdos dos computadores. E foi assim que operou o eixo midiático integrado pelo tridente El Tiempo-El País-The Wall Street Journal. Ou seja, o jornal colombiano vinculado com o Governo; o espanhol, cuja empresa aspira obter a concessão de uma licença de televisão aberta na Colômbia e o jornal norte-americano que se encarregou da informação econômica mundial e que representa a ideologia conservadora estadunidense. Um maquinário bem engraxado para convencer o mundo de que Chávez é um terrorista. Afinal de contas, no Iraque deu certo acusar Sadam de manter relações com Al-Qaeda.
ASSOCIAÇÃO DE VÍTIMAS DO COMPUTADOR DE REYES : QUE NÃO FALTE O HUMOR
Que tenham aparecido computadores, discos rígidos e memórias portáteis em perfeito estado depois de um bombardeio é algo que provocou uma seqüência de comentários humorísticos na Venezuela. O escritor Roberto Hernández Montoya assinalou que “sua carcaça, de uma liga de concubinato de chumbo com pizzicato de titânio reforçado, torna-o invulnerável a mísseis de todo tipo, a bombas de fragmentação, a bombas inteligentes e a qualquer arsenal proibido por acordos internacionais. Você morre arrebentado e o computador continua como uma uva e produzindo materiais ao desejo do novo usuário”. Não falta quem tenha dito que não seria estranho que, mais adiante, algum porta-voz da Casa Branca mencione os vínculos ‘sinistros’ de Obama com as FARC —porque isso mostrariam os documentos dos computadores— após as declarações do democrata de que estaria disposto a “manter conversações diretas com os dirigentes de países como Irã, Síria, Cuba ou Venezuela”. Ainda no plano do humor, foi criada a Associação de Vítimas do Computador de Raúl Reyes, cuja primeira atividade será a convocatória para um concurso de contos: solicitaram à população que envie relatos inverossímeis, tal como os que aparecem no computador de Reyes. O mais incrível e inexato dos contos será o que levará o prêmio, que vai consistir, é claro, em um computador. Inclusive há uma paródia na televisão estatal que apresenta um computador, resgatado dos restos do Titanic no fundo do Atlântico e completamente seco, que guarda informações sobre as relações de Uribe com pessoas à margem da lei.
Pascual Serrano é jornalista. Acaba de publicar "Meios violentos. Palavras e imagens para o ódio e a guerra". Maio 2008. El Viejo Topo.
Tradução: Naila Freitas / Verso Tradutores
Mais informações;
- FARCS: terroristas ou insurgentes?
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terça-feira, 3 de junho de 2008
Sindicalismo de resultados

segunda-feira, 2 de junho de 2008
FNDC questiona relatório da PL 29, sobre tv por assinatura.

Considerações sobre o documento do FNDC
Universalização
Todos sabemos que a principal barreira para ampliar o acesso à TV por assinatura é o preço cobrado pelo serviço. Hoje o Brasil tem cerca de 5 milhões de assinantes. Com as propostas contidas no PL 29/07, espera-se que o número de assinaturas mais do que dobre em quatro anos, atingindo mais de 30 milhões de pessoas, e que novos canais e pacotes sejam lançados, diversificando o serviço, de modo a agradar um maior número de brasileiros.
O PL 29 promove a competição e a entrada de novas empresas distribuidoras no mercado. Ao fazer isso, o mercado tende a crescer e o serviço a tornar-se mais barato. A entrada das empresas telefônicas nos serviços de TV por assinatura irá contribuir para esse objetivo. Ao contrário da legislação atual que trabalha em cima do aspecto tecnológico, o PL 29 não se preocupa com qual tecnologia será prestado o serviço, mas com a garantia do mais amplo acesso dos cidadãos à informação e à cultura. Pela legislação atual, apenas a TV a cabo (exemplo: NET) deve ofertar os canais gratuitos (exemplos: Globo, TV Cultura, TV Comunitária, TV Câmara etc.). O projeto estende o dever de ofertar os canais de utilização gratuita para todas as modalidades de serviços de televisão por assinatura (DTH, MMDS etc.), desde que seja tecnicamente viável. Deve se observar também que o artigo 34 do PL 29 garante ao poder público a possibilidade de, se for necessário para o alcance de objetivos sociais, estabelecer uma política específica para beneficiar setores de baixa renda.
Conteúdo
Além disso, a criação de espaço para a veiculação do conteúdo audiovisual brasileiro e o estabelecimento de novos mecanismos de financiamento à produção vão possibilitar a oferta de conteúdo mais diversificado e com alto padrão de qualidade. Pela primeira vez a produção de conteúdo audiovisual brasileiro contará com uma soma tão expressiva para financiamento. Ao todo serão R$ 500 milhões anuais através do fundo de fomento gerido pela Ancine. Não é verdade que “os critérios adotados para as cotas praticamente são inócuos”. Se assim fosse, por que os programadores internacionais representados pela ABPTA (Associação Brasileira dos Programadores de Televisão por Assinatura) fazem uma oposição ferrenha ao projeto? Por que tentam fatiar o projeto de maneira que o audiovisual não seja regulado? O projeto conta, por outro lado, com o apoio dos produtores nacionais e independentes, representados pela ABPI (Associação Brasileira de Produtores Independentes).
Com relação às afirmações sobre o Conselho de Comunicação Social, o substitutivo não tem qualquer intenção de extingui-lo. Embora tenha caráter consultivo, todos estamos conscientes de sua importância. Sabemos das dificuldades enfrentadas para sua implantação e defendemos sua manutenção como espaço democrático e seu pleno funcionamento. Como sempre, continuo aberto à discussão com todos os atores. Portanto, aceito sugestões para inclusão no substitutivo de mecanismos que reforcem o Conselho Comunicação Social e suas funções. Acho importante ressaltar que, neste momento de decisão, é imperiosa a participação de todos que defendem uma comunicação democrática para que os objetivos maiores do substitutivo sejam alcançados.
Jorge Bittar – deputado federal PT/RJ e relator do substitutivo ao PL 29