Vejam no post abaixo, do Blog do Mello, na qual reproduzo aqui, como o jornal O Globo, do Rio de Janeiro, ligado as organizações Globo, da família Marinho, desinforma uma notícia conforme sua concepção ideológica da disputa política que está ocorrendo na Bolívia. Exatamente como sempre denunciamos aqui.
É o tipo de jornalismo esgoto, na qual estamos sujeito todos os dias, não só através dos jornais, mas das emissoras de televisão, de rádio e de revistas. Leia com atenção e faça seu julgamento;
Chamada na primeira página de O Globo hoje:
'Bolívia aprova autonomia de Santa Cruz'
O "sim" à autonomia do departamento boliviano de
Santa Cruz de la Sierra ganhou ontem com 86% dos votos apurados. A abstenção foi
muito alta, cerca de 40%, segundo os institutos de pesquisa. Houve 25 feridos em
diversos protestos.
O apressado, ou desinformado, que lê a chamada pensa que
a Bolívia foi às urnas ontem. Errado. A Bolívia não votou nada ontem.
O
departamento de Santa Cruz convocou, ilegalmente, a população daquele
departamento para ir às urnas votar por sua autonomia. Então, como se pode
afirmar em manchete que a Bolívia aprovou algo?
Como se pode divulgar
porcentagem da apuração de um referendo ilegal, que não teve fiscalização ou
reconhecimento nem da OEA, nem da Comunidade Européia, nem da ONU?
Como se
pode dar respaldo, afirmar que “O "sim" à autonomia do departamento boliviano de
Santa Cruz de la Sierra ganhou ontem com 86% dos votos apurados”, se a votação
foi convocada (mais uma vez: ilegalmente), patrocinada, votada e fiscalizada
pelas mesmas pessoas?
Além do mais, como a chamada pode afirmar que o “sim”
ganhou ontem com 86% dos votos apurados, se as apurações terminam apenas na
sexta-feira, e a própria matéria publicada pelo jornal na página 21 informa que
a porcentagem de 86% não se refere a votos apurados, mas a pesquisa de
boca-de-urna, desqualificando assim a chamada da primeira página?
E mais:
essa mesma pesquisa de boca-de-urna publicada pelo jornal estima o não
comparecimento em 50%. Portanto, pela pesquisa, o “sim” é minoria, o “sim”
perdeu, pois teve 86% dos votos de apenas 50% dos eleitores de Santa Cruz, o que
dá 43%.
São tantos erros em tão poucos centímetros quadrados, que a gente
fica em dúvida: Incompetência ou má-fé?
Nenhum comentário:
Postar um comentário