Lendo a matéria da Agência de Notícias Brasil de Fato, na qual disponibilizei um link, após o post "A Era FHC", observei que a opinião do socíólogo Francisco de Oliveira, citado na matéria, tem um fundo de razão. Segundo ele, a corrupção política faz parte da estrutura do capitalismo moderno. Principalmente dos países periféricos. Não que a corrupção seja exclusiva do capitalismo, mas é um coadjuvante importante para a sustentação deste. Com certeza, para que o capitalismo possa se desenvolver plenamente, precisa mais do que a competição no "livre mercado". Segundo Oliveira, não é possível classificar essa corrupção como "acidente de percurso" porque ela faz parte da estrutura montada para o desenvolvimento do capitalismo. Leia abaixo o trecho em que há estas afirmações e faça sua reflexão;
"...Estado “atuante”
O sociólogo Francisco de Oliveira acredita que a operação da PF e os seus desdobramentos revelam que a “utopia neoliberal do Estado mínimo” está longe de ser alcançada, já que o poder público tem um papel central na execução de operações irregulares. “O Estado tem um papel importante no capitalismo desde [Getúlio] Vargas e ,com as privatizações, acabaram com toda discussão do discernimento entre público e privado. A partir de então, virou um 'melê' total. A gestão FHC abriu as portas para o capitalismo pirata. Na gestão Lula, houve uma manutenção, mas pode haver um recrudescimento, se forem realizadas novas privatizações”, considera.
O sociólogo Francisco de Oliveira acredita que a operação da PF e os seus desdobramentos revelam que a “utopia neoliberal do Estado mínimo” está longe de ser alcançada, já que o poder público tem um papel central na execução de operações irregulares. “O Estado tem um papel importante no capitalismo desde [Getúlio] Vargas e ,com as privatizações, acabaram com toda discussão do discernimento entre público e privado. A partir de então, virou um 'melê' total. A gestão FHC abriu as portas para o capitalismo pirata. Na gestão Lula, houve uma manutenção, mas pode haver um recrudescimento, se forem realizadas novas privatizações”, considera.
Para ele, o grupo de Dantas não pode sequer ser denominado “máfia”, já que suas operações estão inseridas dentro da lógica que forjou o Estado brasileiro. “A corrupção é uma doença genética do capitalismo brasileiro. É uma composição do capitalismo formador da sociedade. Isso não é uma máfia, pois não é um acidente de percurso, nem uma 'escroqueria' tipicamente brasileira, a existência disso é estrutural no capitalismo periférico”, avalia o sociólogo. ..."
Alguns links interessantes a respeito para reflexão;
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